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Veja as empresas famosas que demitiram funcionários no mês passado

A pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento tomadas para tentar evitar sua disseminação levaram muitos negócios, de diversos segmentos, a enfrentar crise. Muitos anunciaram demissões de funcionários. Veja abaixo alguns desses casos.

Renault

A montadora francesa Renault anunciou que demitirá 15 mil pessoas em todo mundo, como consequência de um plano de ajustes considerado necessário por causa do impacto da pandemia.

A companhia, que tem mais de 9.000 funcionários na América Latina, em Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México, informou que pretende reduzir gastos em 2,15 bilhões de euros (R$ 12,7 bilhões) e que 4.600 postos de trabalho serão cortados só na França.

Boeing

A Boeing disse nesta quarta-feira que notificará 6.770 funcionários nos Estados Unidos de que estão sendo demitidos, com “milhares de demissões restantes” planejadas para os próximos meses, disse o presidente-executivo Dave Calhoun aos empregados por e-mail. A Boeing também disse que aprovou demissões voluntárias de 5.520 funcionários dos EUA.

A empresa anunciou em abril que cortaria 10% de sua força de trabalho de 160 mil pessoas em todo o mundo neste ano. A maior fabricante de aviões dos EUA está se movimentando para cortar custos, pois enfrenta uma queda na demanda por aeronaves devido à pandemia de coronavírus.

Uber

A empresa de transporte por aplicativo anunciou que demitirá 3.000 funcionários, que se somam aos 3.700 que foram dispensados no início do mês, e além disso, irá fechar 45 dos escritórios que mantém ao redor do mundo.

A procura pelos serviços da Uber caiu drasticamente em todo o mundo após governos imporem medidas de isolamento social para conter a transmissão do coronavírus. A empresa ainda se apoia, em parte, nos seus negócios de entrega de alimentos.

Cirque du Soleil

O distanciamento social provocado pela pandemia de coronavírus obrigou o Cirque du Soleil Entertainment Group a cancelar apresentações. A empresa circense sediada em Montréal (Canadá) dispensou 95% de seus artistas —por volta de 4.000 pessoas.

Segundo a empresa, uma equipe de apoio reduzida continuará a trabalhar nos planos de turnês e vendas de ingressos para shows mais adiante neste ano e em 2021, e se preparará para recontratar quando as produções forem retomadas.

Airbnb

Com viagens suspensas devido à pandemia da covid-19 e às medidas de confinamento, a plataforma de aluguel de casas para viajantes Airbnb anunciou que demitirá cerca de 1.900 pessoas —25% de seus funcionários em todo o mundo. “Não sabemos quando as viagens serão retomadas e, quando isso acontecer, será diferente”, disse Brian Chesky, co-fundador e presidente da plataforma.

Segundo ele, a empresa levantou US$ 2 bilhões para lidar com a crise e reduziu as despesas em todas as suas seções, mas os cortes de pessoal são necessários para a empresa sobreviver até que as pessoas possam viajar novamente.

Coco Bambu

Funcionários da rede de restaurantes Coco Bambu que estavam com contratos suspensos por meio da aplicação da Medida Provisória 936 foram demitidos.

A empresa havia suspendido contratos dos funcionários em abril. Com o fim do prazo de dois meses para suspensão chegando ao fim, 1.500 foram demitidos, equivalente a 20% dos 7.000 na folha de pagamento.

Latam Airlines

A companhia aérea chileno-brasileira Latam Airlines anunciou que demitirá 1.400 funcionários de suas filiais no Chile, Colômbia, Equador e Peru, como resultado da drástica redução de suas operações devido à pandemia do novo coronavírus.

Em abril, a companhia havia anunciado uma redução de 95% em suas operações.

Stone

A Stone&Co anunciou a demissão de 20% de sua força de trabalho, cerca de 1.300 trabalhadores. A empresa de meios de pagamentos busca enfrentar a forte queda das vendas no varejo brasileiro em razão da pandemia do novo coronavírus.

“Ao longo do mês de abril, ficou claro que o futuro é bem mais incerto do que todos pensavam no início de março. Por isso, o nosso planejamento precisa ser revisto”, afirmou o presidente da Stone, Thiago Piau, em carta aos funcionários.

Madero

A rede de restaurantes Madero demitiu 600 funcionários, segundo o empresário Junior Durski, controlador da empresa. Durski afirmou que as demissões foram concentradas nas equipes que seriam responsáveis pela expansão da rede, que planejava abrir mais 65 unidades neste ano. Devido à crise do coronavírus, boa parte destas inaugurações deve ser cancelada – prevê-se que 20 sejam abertos.

“Tínhamos 8.000 funcionários [antes da decisão de realizar essas demissões]. Fizemos isso para preservar os demais colaboradores”, disse.

Fogo de Chão

A rede de churrascarias Fogo de Chão dispensou centenas de funcionários, pagou apenas uma parte das verbas rescisórias aos demitidos e, no Rio, atribuiu ao governo do estado o pagamento do valor restante.

A empresa diz que foram 436 demissões no país, 114 delas no Rio. Ex-empregados ouvidos pelo UOL afirmam que foram mais de 600.

Sesi-SP

O Sesi de São Paulo demitiu metade dos cerca de 500 professores de esporte que trabalhavam para a entidade em 53 cidades do estado. A medida impacta profundamente a formação de atletas no Brasil, uma vez que a rede de escolinhas de esportes do Sesi-SP é tida como a maior do país.

Em nota, o Sesi-SP relacionou os cortes à crise econômica causada pelo novo coronavírus.

Maxmilhas

A MaxMilhas, startup de venda de milhas aéreas, que vinha em ascensão até que a crise do coronavírus derreteu o setor aéreo, demitiu 167 funcionários, que equivalem a 42% de sua equipe. Procurada, a empresa afirma que a crise provocou uma queda brusca na procura por passagens.

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Baseado no Portal UOL

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